Em um ambiente tão propício ao retrocesso, o Coronel deixa a
máscara cair e assume sua verdadeira face: repressora, arbitrária, truculenta,
fascista!
No carnaval de Dudu, só não entra na brincadeira o mascarado
de rebeldia.
Nessa folia, só participam seus chegados... É o bloco dos
mascarados de terno e gravata, de farda, a paisana, fantasiados de estudante,
brincando de se infiltrar, quebrar, para depois, aproveitar e propagar a velha
desculpa de que para manter a ordem, tem que aumentar a repressão.
É um novo velho carnaval
em PE. É o carnaval da violência institucionalizada. Não toca frevo, maracatu,
ciranda e nem desfila o bloco do povo, imaginando ser livre, até que chegue a
quarta ingrata.
Nesse carnaval, a dança é ao som da porrada do cassetete ao
acorde de balas de borracha, prisões arbitrárias fazendo passo sob aplausos da
imprensa golpista e dos reacionários nostálgicos, que se regozijam com a marcha
da ditadura tocando outra vez.
Ah, se o bloco do povo decidisse desfilar... Assim mesmo, desritmado,
fora do compasso desse carnaval sem graça. Mas, afinado com os que cantam a
música da democracia e da liberdade, com a cara pintada de alegria, peito
estufado de rebeldia e muita disposição de frevar até fazer o sol nascer outra
vez.
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