quarta-feira, 10 de julho de 2013

PCdoB legisla em causa própria e restringe direitos da juventude

A deputada federal Manuela D’Ávilla do PCdoB, que já foi presidente da UNE, foi relatora do projeto do Estatuto da Juventude, aprovado ontem (terça-feira, 09/jul/13), na Câmara dos Deputados.

Na prática, a proposta do PCdoB, aprovada pela maioria dos deputados, resulta em dois graves prejuízos à juventude:
1. Determina que a carteira de estudante só pode ser  expedida por entidades filiadas à UNE, UBES e ANPG, todas dirigidas pelo PCdoB. Na UNE e na UBES o PCdoB, há mais de 20 anos, tem mantido a hegemonia na direção ratificada em congressos cuja seriedade e lisura do processo eleitoral são, no mínimo, questionáveis. Além disso, o Estatuto do PCdoB assina embaixo da decisão da FIFA de não aceitar meia-entrada na Copa.
2. Limita o direito à meia-entrada a 40% da bilheteria do evento. Ou seja, eventos culturais e/ou esportivos agora terão cota de venda para ingresso de meia-entrada. O direito à meia passa a ser limitado a uma cota de bilheteria. A pergunta é: Quem vai dizer que a cota de 40% já foi vendida? Haverá fiscalização da venda de ingresso em cada bilheteria e evento desse país? Ou será o empresário, organizador do evento, cujo objetivo é lucrar com o preço do ingresso (inteiro, de preferência), quem vai dizer que já encerrou a venda de meia-entrada porque a cota foi cumprida?

Resultado: empresários e PCdoB comemoram mais lucros conquistados às custas de mais prejuízos à juventude.