O Presidente Manuel Zelaya, não foi preso e deposto pelas Forças Armadas, pelo Congresso e a Corte de Honduras simplesmente porque queria aprovar, a contragosto desses, a reeleição no País. A verdade não é assim, tão simplista.
A verdade é que Zelaya era muito próximo do governo Chávez e, mais que isso, da ALBA (Alternativa Bolivariana para as Américas) – que se contrapõe radicalmente a ALCA/E.U.A. – e tem, em suas fileiras, países como Cuba. Não é a toa que, num encontro da ALBA, países como Venezuela, Equador, Nicarágua, Bolívia e Cuba se apressaram em condenar o golpe, defender o legítimo e legal governo de Zelaya e exigir o seu reingresso ao poder. Essa defesa, aliás, foi feita antes mesmo da declaração pífia de Obama em “defesa da democracia”, mas, sem veemência em condenar o golpe.
E essa postura de Obama não é por acaso. Pois, os Estados Unidos têm uma base militar em Honduras, mais precisamente em Soto Cano, cidade a 97 km da Capital Tegucigalpa. Tal base é fundamental nas operações de intervenção a países da América Latina, mascaradas pelo governo dos Estados Unidos como “operações contra o narcotráfico”. Intervenção essa, recentemente criticada pelo Presidente Zelaya, em documento à Obama.
Vale ressaltar, que a Constituição hondurenha não permite tal presença militar no País. Um acordo realizado em 1954 – em plena Guerra Fria – é que legitimou a ação. Em troca, o terceiro país mais pobre das Américas (perdendo apenas para Haiti e Nicarágua), recebe ajuda econômica e militar dos E.U.A. Eis aí o xis da questão: o governo progressista de Zelaya buscava outras alternativas, à esquerda, para melhorar a vida do povo hondurenho. Na mesma Soto Cano, Zelaya anunciou, no último 31 de maio, que construiria ali um aeroporto, com apoio da ALBA, que teria vôos internacionais comerciais. É evidente que essa iniciativa não agradou ao governo Obama, tão pouco às forças armadas e à burguesia de Honduras.
Em 24 de junho, Zelaya destituiu o então chefe do Estado Maior Vásquez, por desobediência. E este, juntamente com o comandante da Força Aérea, está entre os principais articuladores do golpe. É bom dizer que ambos estudaram na famosa Escola das Américas – especializada em ensinar a prática da tortura e as ações golpistas como esta em Honduras – com relação direta com o Pentágono.
Portanto, o que provocou esse golpe de Estado não foi a vontade de um presidente em se reeleger. Foi sim, a vontade de um governo e de um povo em não mais se submeter e nem ser subserviente ao imperialismo estadunidense. Contrariando, assim, os planos de uma burguesia nacional e estrangeira.
É por isso mesmo, que temos certeza que o presidente Lula não precisa ter medo disso “virar moda de novo” (como declarou ao se posicionar contra o golpe), uma vez que, o seu governo – embora queira a treleição (!), seja com ele ou com Dilma – não corre o risco de sofrer o mesmo mal que Zelaya, pois não só continua subserviente aos E.U.A., como se vangloria de tirar dinheiro do povo brasileiro para garantir o superlucro dos banqueiros do Tio Sam. Afinal, “ele é o cara!” e essa moda, embora ultrapassada, ainda tem fortes adeptos, sobretudo no governo brasileiro.
A verdade é que Zelaya era muito próximo do governo Chávez e, mais que isso, da ALBA (Alternativa Bolivariana para as Américas) – que se contrapõe radicalmente a ALCA/E.U.A. – e tem, em suas fileiras, países como Cuba. Não é a toa que, num encontro da ALBA, países como Venezuela, Equador, Nicarágua, Bolívia e Cuba se apressaram em condenar o golpe, defender o legítimo e legal governo de Zelaya e exigir o seu reingresso ao poder. Essa defesa, aliás, foi feita antes mesmo da declaração pífia de Obama em “defesa da democracia”, mas, sem veemência em condenar o golpe.
E essa postura de Obama não é por acaso. Pois, os Estados Unidos têm uma base militar em Honduras, mais precisamente em Soto Cano, cidade a 97 km da Capital Tegucigalpa. Tal base é fundamental nas operações de intervenção a países da América Latina, mascaradas pelo governo dos Estados Unidos como “operações contra o narcotráfico”. Intervenção essa, recentemente criticada pelo Presidente Zelaya, em documento à Obama.
Vale ressaltar, que a Constituição hondurenha não permite tal presença militar no País. Um acordo realizado em 1954 – em plena Guerra Fria – é que legitimou a ação. Em troca, o terceiro país mais pobre das Américas (perdendo apenas para Haiti e Nicarágua), recebe ajuda econômica e militar dos E.U.A. Eis aí o xis da questão: o governo progressista de Zelaya buscava outras alternativas, à esquerda, para melhorar a vida do povo hondurenho. Na mesma Soto Cano, Zelaya anunciou, no último 31 de maio, que construiria ali um aeroporto, com apoio da ALBA, que teria vôos internacionais comerciais. É evidente que essa iniciativa não agradou ao governo Obama, tão pouco às forças armadas e à burguesia de Honduras.
Em 24 de junho, Zelaya destituiu o então chefe do Estado Maior Vásquez, por desobediência. E este, juntamente com o comandante da Força Aérea, está entre os principais articuladores do golpe. É bom dizer que ambos estudaram na famosa Escola das Américas – especializada em ensinar a prática da tortura e as ações golpistas como esta em Honduras – com relação direta com o Pentágono.
Portanto, o que provocou esse golpe de Estado não foi a vontade de um presidente em se reeleger. Foi sim, a vontade de um governo e de um povo em não mais se submeter e nem ser subserviente ao imperialismo estadunidense. Contrariando, assim, os planos de uma burguesia nacional e estrangeira.
É por isso mesmo, que temos certeza que o presidente Lula não precisa ter medo disso “virar moda de novo” (como declarou ao se posicionar contra o golpe), uma vez que, o seu governo – embora queira a treleição (!), seja com ele ou com Dilma – não corre o risco de sofrer o mesmo mal que Zelaya, pois não só continua subserviente aos E.U.A., como se vangloria de tirar dinheiro do povo brasileiro para garantir o superlucro dos banqueiros do Tio Sam. Afinal, “ele é o cara!” e essa moda, embora ultrapassada, ainda tem fortes adeptos, sobretudo no governo brasileiro.